O SARS-CoV-2 é um vírus inerentemente zoonótico. Os cientistas sugerem que, para evitar novas ondas da pandemia e surgimento de novas cepas perigosas, é preciso controlar todos os contatos possíveis entre os animais, potenciais vetores do vírus, e os humanos.
Em novo estudo, publicado na revista Proceedings of the Royal Society B, os pesquisadores construíram modelos 3D de interações proteína-proteína entre o vírus SARS-CoV-2 e células hospedeiras de 5.400 mamíferos.
Os cientistas determinaram cerca de 500 espécies de animais que entram em contato com humanos regularmente e que podem se infectar ou transmitir o SARS-CoV-2, ou seja, podem ser reservatórios naturais do vírus.
A lista inclui, além de morcegos e roedores, muitos animais selvagens, tais como cervo-sika e búfalo-asiático, animais cultivados e mantidos em cativeiro, como visons, e também os gatos domésticos.
Os visons já causaram reinfecções na Dinamarca e Países Baixos, onde o coronavírus se transumiu de humanos para animais e de volta para as pessoas. Isso é perigoso, porque neste caso existe um risco alto de surgimento de mutações mais agressivas e menos sensíveis aos anticorpos neutralizantes e vacinas.