Neste sábado (20), durante sua participação no anual Diálogo de Manama, no Bahrein, o chefe do Pentágono aparentemente teve como objetivo tranquilizar Israel e as nações árabes aliadas de Washington no golfo Pérsico, enquanto a administração Biden tenta reanimar o acordo nuclear que limita o enriquecimento de urânio pelo Irã em troca do cancelamento de sanções econômicas.
"EUA mantêm o compromisso de impedir que o Irã adquira uma arma nuclear e continuamos empenhados com uma solução diplomática para o assunto. Mas se o Irã não estiver disposto a envolver-se seriamente, então vamos analisar todas as opções necessárias para manter os EUA seguros", afirmou Austin em um evento organizado pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês).
As declarações do secretário de Defesa dos EUA surgem depois da retirada caótica das forças norte-americanas do Afeganistão, suscitando preocupações sobre o compromisso de Washington com o Oriente Médio, já que os oficiais norte-americanos afirmam que querem reorganizar forças para combater os desafios apresentados por China e Rússia, escreve agência AP.
"Sejamos claros: o compromisso da América com a segurança no Oriente Médio é forte e seguro", salientou o chefe do Pentágono.
Anteriormente, oficiais anônimos dos EUA e Israel alegaram ao jornal The New York Times que o ataque de drones que ocorreu em 20 outubro contra a base militar norte-americana Al-Tanf, no sul da Síria, foi conduzido por forças aliadas do Irã em retaliação a bombardeios israelenses na Síria.
De acordo com um alto funcionário militar norte-americano, cinco drones "suicidas" foram lançados contra o complexo militar, no entanto, apenas dois deles acabaram por explodir.