Pesquisadores da Universidade de Princeton (EUA) realizaram análises filogenéticas comparativas dos receptores ACE2, usados pelos coronavírus da SARS para infectar células de mamíferos, de 78 espécies animais, para descobrir as diferentes respostas celulares a uma possível infecção por coronavírus.
Foram encontradas evidências de que os roedores desenvolvem substituições adaptativas de aminoácidos nas posições que compõem a interface entre os receptores ACE2 e o pico do coronavírus, segundo um estudo publicado na revista PLOS Computational Biology.
Essas mutações indicariam que roedores foram expostos e infectados com vírus semelhantes ao SARS por um período considerável, desenvolvendo uma alta tolerância aos patógenos e às doenças potenciais que eles podem causar.
"Análises evolutivas que avaliam se coronavírus semelhantes ao SARS-CoV-2 infectaram espécies ancestrais de animais atuais podem ser úteis na identificação de outros reservatórios de coronavírus potencialmente perigosos", conforme os cientistas.
Ao invés, a variação nas proteínas ACE2 em primatas e alguns outros conjuntos de espécies de mamíferos não mostrou sinais de ter tido adaptações evolutivas para lidar com os vírus.