"China e Rússia desenvolveram armamentos que impedem o inimigo de alcançar uma determinada área, e que provavelmente manterão os porta-aviões [dos EUA] a uma distância de 1.000 milhas [aproximadamente 1.800 km], fora do alcance [dos caças-bombardeiros] F/A-18", aponta ex-capitão em um artigo de opinião publicado no The Wall Street Journal.
O militar acrescentou que os caças de 5ª geração dos EUA F-35B e F-35C, que serão entregues aos militares, conseguem percorrer uma distância de aproximadamente 400 e 625 milhas marítimas respectivamente.
A questão do alcance poderia ser resolvida por drones de reabastecimento, que podem decolar dos porta-aviões, sugere Hendrix. No entanto, estes aparelhos não tripulados existem em quantidade insuficiente e, além do mais, conseguem transportar menos combustível do que os meios aéreos tripulados.
"Este problema é particularmente relevante tendo em conta os planos da Marinha [dos EUA] de continuar a construção de superporta-aviões da classe Gerald R. Ford com um deslocamento de 100 mil toneladas e custo de US$ 13 bilhões [R$ 72,9 bilhões]", ressaltou militar.
Por fim, Hendrix afirmou que, se em um futuro próximo não forem embarcados nos porta-aviões aviões tripulados ou não tripulados de longo alcance, os grupos de ataque de porta-aviões não serão capazes de ter um impacto significativo na contenção da Rússia e China.
Vale ressaltar que recentemente a China construiu maquetes de um porta-aviões e outros navios de guerra dos EUA, possivelmente para praticar "tiro ao alvo", no deserto de Xinjiang, conforme imagens de satélite registradas pela empresa Maxar.