Rússia e China estão 'mais avançadas' em armas hipersônicas do que EUA, diz general americano

Um general da Força Espacial dos EUA, David Thompson, admitiu no sábado (20) que as capacidades americanas em mísseis hipersônicos não estão "tão avançadas" como as da China e Rússia.
Sputnik
Em entrevista no Fórum de Segurança Internacional de Halifax, no Canadá, o general afirmou que esse "atraso" dos Estados Unidos pode ser prejudicial para a segurança nacional.
"Temos que recuperar o atraso muito rapidamente. Os chineses têm um programa hipersônico incrível", disse, acrescentando que "isso complica grandemente o problema de alerta estratégico".
Thompson também comparou o uso de mísseis hipersônicos com uma luta de bolas de neve, dizendo que eles estão "mudando o jogo" para a defesa e segurança nacional. Quando uma bola de neve é lançada, você geralmente pode prever onde ela vai cair. Porém, se o projétil é jogado em uma direção diferente, é mais difícil detectá-lo – mas ele ainda vai bater em você.
Falando sobre a posição da China em termos de capacidades tecnológicas em comparação com os EUA, o general notou que a velocidade com a qual os chineses alcançaram os países mais desenvolvidos, inclusive os Estados Unidos, é incrível. "E eles estão desenvolvendo sua tecnologia muito mais rápido, com o dobro do ritmo que temos."
Ao responder como a China conseguiu atingir um ciclo de produção e inovação tão rápido, ele acusou o excesso de burocracia dos militares dos EUA: "Parte disso é, eu diria, a burocracia que nós construímos em nossa defesa e empresa de aquisição, não apenas no espaço, mas em outras áreas".
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Mais do que isso, de acordo com o relatório de outubro feito pelo Serviço de Pesquisas do Congresso, os Estados Unidos estão ficando para trás da Rússia e China porque "a maioria dos mísseis hipersônicos americanos, em contraste com os da Rússia e da China, não estão sendo desenhados para utilização com uma ogiva nuclear".
"Em resultado, as armas hipersônicas americanas vão provavelmente exigir maior precisão e serão tecnicamente mais difíceis de desenvolver do que os sistemas de armas nucleares chineses e russos", constataram os especialistas do serviço.
Os EUA planejam gastar US$ 3,8 bilhões (R$ 21,33 bilhões) em mísseis hipersônicos no ano fiscal de 2022, segundo o documento.
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