Panorama internacional

Duterte se enfurece perante incidente com Guarda Costeira chinesa no mar do Sul da China

O presidente das Filipinas falou em uma reunião da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) sobre um incidente entre navios da China e das Filipinas na semana passada.
Sputnik
Rodrigo Duterte, presidente das Filipinas, criticou na segunda-feira (22) os eventos recentes no mar do Sul da China, durante os quais embarcações filipinas foram confrontadas pela Guarda Costeira chinesa, afirmando que isso piora as relações entre os dois países.

"Abominamos o recente evento no banco de areia de Ayungin e vemos com grave preocupação outros desenvolvimentos semelhantes", disse ele em um encontro da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

O líder filipino se referiu a um incidente em que a Guarda Costeira da China disparou canhões d’água contra barcos das Filipinas no banco de areia Second Thomas (ou banco de areia de Ayungin, como é chamado nas Filipinas). As embarcações estavam transportando provisões para os fuzileiros estacionados no atol. Pequim, que reivindica as ilhas, declarou que os barcos não pediram permissão para entrar. O caso teria acontecido na terça-feira (16).
"Isto não abona em favor das relações entre nossas nações e nossa parceria", acrescentou Duterte.
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Navios chineses disparam canhões d'água contra barcos filipinos (VÍDEO)
O banco de areia de Second Thomas está localizado a 195 km da província filipina de Palawan, e dentro da Zona Econômica Exclusiva do país. No entanto, também se encontra na "linha de nove traços" da China, definida unilateralmente pelo país e que lhe dá acesso a 90% do mar do Sul da China, o que é contestado ainda pelo Vietnam, Malásia, Indonésia, Taiwan e Brunei.
A China rejeitou uma decisão de 2016 da Corte de Arbitragem Permanente do Tribunal de Haia, nos Países Baixos, que recusa as reivindicações chinesas.
Xi Jinping, presidente da China, é o anfitrião da cúpula da ASEAN. Ele disse aos outros chefes de Estado que Pequim "nunca procuraria a hegemonia e certamente não intimidaria os países menores".
Na sexta-feira (19) os EUA advertiram a China que atacar embarcações das Filipinas levaria a uma rápida reação de Washington, como parte de suas obrigações do tratado bilateral.
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