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Bolsonaro diz que 'Lula não tem mais futuro na política'

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2011) "não tem mais futuro na política", em entrevista ao jornal Portal Correio, da Paraíba, nesta terça-feira (23).
Sputnik
"Eu acredito que Lula não tem mais futuro na política. Passou o tempo do PT. Não estou preocupado com Lula e poderia debater com ele sem problema algum", disse Bolsonaro quando questionado sobre o cenário eleitoral de 2022 e a provável volta de Lula à disputa.
De acordo com as pesquisas eleitorais mais recentes para a corrida presidencial, Lula lidera todos os cenários.
O instituto Paraná Pesquisas, por exemplo, apontou, nesta segunda-feira (22), que o ex-presidente teria 35% das intenções de voto, contra 29% do atual mandatário. Neste levantamento, o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) tem 10,7%, seguido por Ciro Gomes (PDT), com 6,1%.
Já pesquisa na Genial/Quaest, divulgada no dia 10 de novembro, o ex-presidente Lula aparece com 48% das intenções de voto, contra 21% de Bolsonaro. Nela, Moro também é o terceiro colocado, com 8%, e Ciro tem 6%.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante coletiva de imprensa realizada em Brasília, 8 de outubro de 2021
Na entrevista ao jornal, Bolsonaro também comentou sobre a candidatura do seu ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, que se filiou ao Podemos para concorrer à presidência.
"Quando estava no meu governo, ele nunca contou uma piada, raramente conversava. Ele tem o direito de sair candidato em 2022, mas quero saber como ele vai conversar com a população", alfinetou.
O presidente ainda confirmou que tem negociado sua filiação ao Partido Liberal (PL). Segundo ele, o acordo com o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, está "quase fechado".
Sem citar nomes, o presidente alegou que foi traído por alguns de seus apoiadores em 2018.

"Tivemos algumas traições. Elegemos 54 parlamentares pelo PSL. Acredito que apenas meia dúzia conseguiria se eleger sem minha presença. Lamentavelmente, depois cada um quis seguir seu destino e cobrar de mim coisas que não haviam sido acertadas. Mas tenho certeza que em 2022 essas pessoas terão seus atestados de óbitos como políticos", afirmou.

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