Visando aumentar as chances para sediar a Copa enfrentando rivais como os EUA e Austrália, o Catar contratou o ex-agente da CIA Kevin Chalker para que espiasse equipes das outras candidaturas e os altos funcionários do futebol que escolheram o vencedor em 2010, conforme AP.
Chalker também trabalhou para o Catar nos anos seguintes para vigiar os críticos do Catar no mundo do futebol, de acordo com uma investigação baseada em entrevistas com seus antigos companheiros, bem como em contratos, faturas, e-mails e uma revisão de documentos comerciais.
Isso é parte de uma tendência na qual ex-agentes da inteligência norte-americana trabalham para governos estrangeiros "com situação dos direitos humanos duvidosa", o que preocupa muito os funcionários em Washington.
Ex-jogador de futebol francês Marcel Desailly, o diretor executivo da Hublot Ricardo Guadalupe e o presidente da FIFA Gianni Infantino, Doha, Qatar, 21 de novembro de 2021. Um ano até a Copa do Mundo FIFA de 2022 no Catar
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O escopo completo da empresa de Chalker, Global Risk Advisors, não está claro, mas a mídia reviu vários de seus projetos propostos entre 2014 e 2017, mostrando que havia também propostas não diretamente relacionadas com a Copa, mas com migrantes, por exemplo.
Um comunicado, enviado à AP pelo representante de Chalker, afirma que nem ele nem sua empresa nunca "serão envolvidos em vigilância ilegal". "Todos os documentos que nos foram mostrados são falsificações".