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China autoriza importação de carne bovina do Brasil certificada antes do embargo

Há dois meses, Pequim interrompeu a importação da carne brasileira após casos de vaca louca serem relatados no país. Agora, o governo chinês liberou a entrada de carnes que já haviam recebido sinal verde antes do embargo.
Sputnik
Nesta terça-feira (23), a Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) liberou a entrada de carne brasileira no país que já tinha recebido certificação sanitária antes do dia 4 de setembro, data em que a China interrompeu a importação do produto brasileiro, segundo o jornal O Globo.
Entretanto, o embargo às exportações, que entrou em sua 12ª semana, continua em vigor e gerando prejuízo milionários. Caso ele permaneça até dezembro, a estimativa é de perda de até US$ 1,8 bilhão (R$ 10 bilhões) para o setor.
Em cumprimento ao protocolo sanitário assinado com o país asiático em 2015, as exportações foram suspensas após a identificação de dois casos atípicos de vaca louca em cidades do interior do país.
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De acordo com a mídia, após a proibição, o processo de coleta de informações por parte dos chineses já passou por várias rodadas de consultas detalhadas, e a expectativa no lado brasileiro é que as vendas possam ser retomadas em breve, mas ninguém arrisca sugerir uma data.
No entanto, mesmo com o embargo valendo, a liberação das carnes foi um alívio para os exportadores, pois uma vez sem o aval das autoridades chinesas, os frigoríficos não sabiam o que fazer com cargas que já tinham a China como destino.
Funcionários trabalham no corte e processamento de carnes em frigorífico na cidade de Pirassununga (foto de arquivo)
Segundo a mídia, na estimativa da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), o volume total de carne bovina que se enquadraria nessa situação é de pouco mais de 100 mil toneladas, e o impacto da suspensão resultou em uma queda de 43% nas exportações do produto em outubro, quando comparado ao mesmo período de 2020.
Além dos casos de vaca louca, de acordo com fontes do setor citadas pela mídia, diversos fatores contribuíram para tornar o fim do embargo ser mais difícil neste período, entre eles as medidas sanitárias mais rígidas adotadas pelo gigante asiático diante da pandemia, o momento político sensível no país e pressões no mercado doméstico.
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