Na segunda-feira (22), o FMI admitiu que adoção do bitcoin como moeda com curso legal em El Salvador, em 7 de setembro, incluindo a introdução da carteira eletrônica Chivo, "tem capacidade de tornar os pagamentos mais eficientes, pelo que melhora a inclusão financeira e apoia o crescimento".
No entanto, a entidade afirmou que os riscos potenciais relacionados com moedas digitais tornam arriscado seu uso.
"Dada a elevada volatilidade dos preços do bitcoin, seu uso como moeda com curso legal implica riscos significativos para a proteção do consumidor, a integridade financeira e a estabilidade financeira", conforme o FMI.
A organização também considera que seu uso poderia levar a passivos fiscais, por isso, "o bitcoin não deve ser usado como moeda com curso legal".
Deste modo, o FMI recomendou a El Salvador reduzir o alcance da lei do bitcoin e estimular "imediatamente" a regulamentação e supervisão do novo sistema de pagamentos para proteger os consumidores, combater a lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo e gerir os riscos.
A declaração do FMI foi feita poucos dias após o presidente salvadorenho, Nayib Bukele, ter revelado planos para construir Bitcoin City (Cidade do Bitcoin, em português), a primeira cidade no mundo financiada com títulos respaldados pela criptomoeda.