Propagação e combate à COVID-19

Vacina russa Sputnik M para adolescentes entrará no mercado internacional, diz chefe do RFPI

O Fundo Russo de Investimentos Diretos comunicou que foi registrada na Rússia uma vacina anticoronavírus para adolescentes, que também será usada no exterior.
Sputnik
Uma vacina russa contra a COVID-19 entrará nos mercados internacionais para injeção em adolescentes, revelou na quarta-feira (24) Kirill Dmitriev, diretor do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo).
"Já vimos hoje vários anúncios sobre a vacina Sputnik para adolescentes de idades entre 12 e 17 anos […] ela entrará nos mercados internacionais", disse Dmitriev.
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A vacina, que recebeu o nome de Sputnik M, também obteve autorização para ser usada em adolescentes de 12 a 17 anos na Rússia.
"Hoje [24] foi recebida autorização do uso da Sputnik já para a população infantil, a vacina recebeu o registro", relatou Denis Logunov, vice-diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya.
Em meados de outubro, Aleksandr Gintsburg, diretor do Centro Gamaleya, sugeriu que a nova vacina para adolescentes poderia receber o nome de Sputnik M.

Aprovação na OMS e EMA

O RFPI também referiu que em dezembro de 2021 será realizada uma inspeção pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como parte do processo de aprovação da vacina Sputnik V.

"O Ministério da Saúde da Rússia está conduzindo um diálogo com a OMS, esperamos uma inspeção em dezembro e vemos alguns desenvolvimentos positivos", declarou na quarta-feira (24) Dmitriev.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), por sua vez, também continua avaliando a vacina Sputnik V, informou na quarta-feira (24) em coletiva de imprensa Marco Cavaleri, porta-voz da reguladora.
"Sobre a Sputnik e Sinovac, a [avaliação] continua […] Ela está demorando um pouco mais de tempo do que esperávamos […] Mas acreditamos que podemos acelerar o processo de ambas as vacinas o máximo possível", crê o representante da organização encarregada de aprovação de medicamentos na União Europeia.
A vacina russa registrou uma eficácia de 80% em um espaço de seis a oito meses de vacinação em San Marino, de acordo com o comunicado do RFPI.

"A eficácia da Sputnik V em seis-oito meses é muito maior que a eficácia oficialmente publicada das vacinas de RNA mensageiro. A equipe da Sputnik V acredita que as vacinas de adenovírus [humanos] fornecem uma eficácia mais prolongada que as vacinas de RNA mensageiro devido a uma resposta mais longa dos anticorpos e células T", indica.

O RFPI prometeu ainda publicar os dados de outros países em dezembro.
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