O magistrado determinou o trancamento do inquérito requerido pelo Ministério da Justiça. A pasta investigava irregularidades cometidas pela publicação contra Bolsonaro.
"Não se verifica a existência de qualquer indício, mínimo que seja, a justificar a existência de procedimento investigatório", argumentou Viana. "A reportagem enfatiza alegações feitas pelo senador Renan Calheiros".
Na capa da edição, a revista retratou Bolsonaro com a palavra "genocida" escrita sobre o lábio superior, como se fosse o bigode característico de Hitler. O título da capa informa: "As práticas abomináveis do mercador da morte".
De acordo com o juiz Frederico Botelho de Barros Viana, "as informações apresentadas e suas reflexões são da garantia de liberdade de manifestação do pensamento e da liberdade de imprensa", sustentou.
Vale lembrar que, no último dia 18, a União, representada pela AGU (Advocacia-Geral da União), enviou uma notificação extrajudicial à revista IstoÉ pedindo direito de resposta.
A AGU requereu que seja veiculada uma nova capa dizendo que "Bolsonaro defendeu a vida, o emprego, a liberdade e a dignidade".
A instituição, escreve o G1, pede a veiculação de fotos de Bolsonaro acenando, em desfile do 7 de Setembro, e abraçando jovens brasileiros.