O mapa do subsolo marciano mostra que suas primeiras camadas, as mais próximas da superfície, têm cerca de um metro de espessura. Ele também dá uma visão sobre a camada sedimentar do Planeta Vermelho, cuja origem permanece desconhecida.
Os pesquisadores usaram os instrumentos do InSight para examinar os primeiros 200 metros sob a superfície de Marte, de acordo com o estudo publicado na revista Nature Communications.
"Usamos um método desenvolvido aqui na Terra para caracterizar lugares de risco sísmico e estudar a estrutura do subsolo", disse o geofísico, Cedric Schmelzbach.
O cientista explicou que o novo método é baseado na vibração do ambiente. O que ocorre na superfície faz o solo vibrar e essa vibração pode penetrar profundamente no subsolo e ser registrada por instrumentos.
Embora o Planeta Vermelho seja mais silencioso que a Terra a este respeito, os instrumentos do aterrissador InSight conseguiram captar as vibrações. O mapa oferece um vislumbre de vários bilhões de anos passados de evolução marciana.
A análise também revelou uma camada inesperada de sedimentos profundos e depósitos espessos de lava solidificada, tudo coberto por um manto de três metros de espessura de regolito.
A sonda InSight pousou em Marte em 2018 e seu objetivo principal é medir a atividade sísmica e criar os modelos 3D precisos do planeta.