Uma equipe de cientistas internacional testará a perfuração da zona da cratera do vulcão Krafla, Islândia, escreve na sexta-feira (26) a agência francesa AFP.
Além de um potencial turístico, o vulcão esconde uma oportunidade energética e investigativa. O Krafla Magna Testbed (KMT, na sigla em inglês), um projeto de US$ 100 milhões (R$ 560,97 milhões) lançado em 2014, e com data de começo planejada para 2024, procura perfurar até um poço de lava, a rocha derretida a quilômetros de profundidade, que, contrária à lava da superfície, ainda é desconhecida.
"O KMT é o primeiro observatório de magma no mundo", disse Paolo Papale, vulcanologista no Instituto Nacional Italiano de Geofísica e Vulcanologia, citado pela AFP.
"Nunca observamos magma subterrâneo, à exceção de encontros fortuitos quando perfurávamos" vulcões no Quênia, no Havaí, EUA, e Krafla, Islândia, referiu. "Saber onde se encontra o magma [...] é vital" para nos prepararmos para uma erupção, continuou Papale.
O pesquisador apontou que o projeto poderá permitir não só a compreensão dos vulcões e previsões de suas erupções, mas também dos continentes, dos sistemas geotérmicos, e avançar no uso da energia geotérmica, segundo o acadêmico.