João Doria, governador de São Paulo, contou à emissora CNN ser "possível" se aliar com Sergio Moro, ex-ministro da Justiça.
"É possível. Eu tenho boas relações com Sergio Moro e tenho respeito por ele, não haveria nenhuma razão para não manter relações com alguém que ajudou o Brasil, com alguém que contribuiu com a Lava Jato, assim como Simone Tebet, uma brilhante senadora, e o senador Rodrigo Pacheco, com boa postura e equilíbrio", adiantou o candidato vencedor do PSDB.
No sábado (27) Doria venceu as eleições previas do PSDB, e agora deverá concorrer às eleições presidenciais do Brasil em 2022. Ele referiu que já entrou em contato com alguns pré-candidatos para criar planos conjuntos para o processo eleitoral, entre os quais incluiu Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, com o qual concorreu nas prévias do partido. O candidato do PSDB também disse que conversas deverão continuar nas próximas semanas.
Sobre o ex-governador Geraldo Alckmin, disse que também "deve fazer parte" do projeto se permanecer no partido, ao mesmo tempo que recusou comentar o papel do deputado federal Aécio Neves.
João Doria desvalorizou as pesquisas eleitorais, que o colocam em quinto lugar nas intenções de voto para a Presidência em 2022, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Sergio Moro (PODE) e Ciro Gomes (PDT).
"A pesquisa não é único elemento necessário. Ela é parte integrante, mas tem que ter uma composição de forças para que este candidato ou candidata possa representar uma capacidade de enfrentamento a Lula e Bolsonaro", afirmou.
O governador de São Paulo informou ainda que anunciará em duas semanas a equipe que montará seu programa econômico e que será composta por seis pessoas, três delas mulheres, sem querer comentar a possibilidade de ser integrada pela economista Ana Carla Abrão.
Ele também criticou o programa econômico de Bolsonaro, o qual chamou de "atentado ao Brasil", especialmente em relação ao financiamento do Auxílio Brasil e à PEC dos Precatórios.