"Esperamos que no final o senso comum prevaleça e que, depois de terminarem os 18 meses que os próprios integrantes da AUKUS definiram para o trabalho de preparação adicional, eles cheguem à conclusão que a realização do projeto de submarinos nucleares deve ser abandonada, tendo em conta a opinião da comunidade internacional", disse Ulyanov em um debate do Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) sobre a AUKUS.
Ele também disse que era fundamental que o chefe da AIEA informasse regularmente o Conselho de Governadores sobre a interação da agência com a AUKUS.
"É necessário garantir a máxima transparência e responsabilidade. Os Estados-membros têm o direito de receber uma imagem completa do que está acontecendo", ressaltou diplomata russo.
Moscou expressa sua preocupação quanto ao secretismo em torno da aliança AUKUS entre os EUA, Reino Unido e Austrália, e aguarda respostas às suas perguntas.
"Estamos preocupados com o fato de ainda existir um vazio de informação e uma total ausência de transparência em torno da AUKUS por mais de dois meses após a inciativa ter sido anunciada em 15 de setembro de 2021", observou Ulyanov.
O representante da Rússia afirmou que Moscou continua monitorando a situação em torno da AUKUS, salientando que agora é óbvio que a parceria tem riscos significativos para a segurança internacional.
"Os planos para construir submarinos nucleares para a Marinha da Austrália com a ajuda dos EUA e do Reino Unido, como parte da AUKUS, têm um impacto desestabilizador no Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares", concluiu.