As escavações arqueológicas foram conduzidas no âmbito do projeto ferroviário no Vale de Jezreel, onde os pesquisadores desenterraram restos de fornos de vidro antigos que produziam quantidades comerciais de vidro bruto há cerca de 1.600 anos.
Durante o período romano, o vidro era valorizado pela sua transparência e beleza, usado em edifícios públicos na forma de janelas, mosaicos e luminárias, além de ser aplicado na produção de tigelas e vasos para beber vastamente utilizados em casas romanas.
Por isso, a demanda de vidro exigia que os centros industrializados satisfizessem a necessidade dos consumidores, sendo o local de produção de vidros no Vale de Jezreel um desses centros, escreve portal Heritage Daily.
Cientistas encontraram vários fornos que consistiam de compartimentos de fornalhas, onde eram queimados gravetos em altas temperaturas, e uma câmara para derreter matérias-primas (areia de praia e sal) a temperaturas de 1.200 graus Celsius.
"Esta é uma descoberta muito importante com implicações sobre a história da indústria de vidro, tanto em Israel como em todo o mundo antigo. De fontes históricas que datam do período romano, sabemos que o Vale do Acre era conhecido por sua areia de excelente qualidade, que era altamente adequada para a fabricação de vidro", explicou Yael Gorin-Rosen, curador-chefe do Departamento de Vidro da IAA.
Uma análise química de recipientes de vidro deste período mostrou que muitos locais na Europa e na bacia do Mediterrâneo adquiriam produtos de vidro desta região que abasteciam o mundo romano.