Para Richard Moore, chefe do serviço de inteligência britânico MI6, espiões do mundo todo estão tentando lidar com os avanços na tecnologia que desafia as operações tradicionais de espionagem lideradas por humanos.
Segundo ele, a engenharia quântica, a biologia projetada, e os avanços no poder dos computadores sobre a tecnologia de dados representam uma ameaça que precisa ser tratada com seriedade pelo Ocidente.
"Nossos adversários estão despejando dinheiro e ambição no domínio da inteligência artificial, computação quântica e biologia sintética, porque sabem que o domínio dessas tecnologias lhes dará vantagem", disse Moore.
O chefe do MI6 disse ainda que o desenvolvimento da tecnologia na próxima década pode superar todo o progresso tecnológico do século passado.
"Como sociedade, ainda temos que internalizar esse fato gritante e seu impacto potencial na geopolítica global. Mas é um foco incandescente para o MI6", disse ele, segundo informações da Reuters.
Em seu pronunciamento, Richard Moore citou "particular preocupação" com as agências de inteligência russas e chinesas, que se apressaram em controlar o poder de uma gama de tecnologias sofisticadas, "às vezes em um ritmo mais rápido do que no Ocidente", alertou.
Edifício do serviço de inteligência MI6 em Londres, Reino Unido, 5 de março de 2015. Foto de arquivo
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