"O volume do comércio alcançado entre a Rússia e China cria um potencial significativo para desenvolvimento de pagamentos mútuos em yuans e rublos, já que o abuso do papel do dólar para atingir exclusivamente os seus próprios objetivos, bem como a política de flexibilização quantitativa seguida pelo Sistema de Reserva Federal dos EUA – basicamente inundando a economia global com excesso de volume monetário – reduzem a atratividade do dólar como a principal moeda de pagamentos internacionais e põem em dúvida a utilização do dólar como meio de pagamento seguro", afirmou presidente da empresa russa no Fórum Empresarial da Energia Russo-Chinês.
Sechin ressaltou ainda que a participação do dólar dos EUA nas reservas mundiais dos bancos centrais está atualmente em seu ponto mais baixo dos últimos cinco anos, estando avaliada em cerca de 59%.
Rússia e China vão firmar cerca de 20 acordos no 3º Fórum Empresarial da Energia Russo-Chinês, disse chefe da Rosneft, um dos organizadores do evento.
"Neste ano, à margem do fórum é previsto que sejam assinados, entre empresas russas e chinesas, cerca de 20 acordos importantes em tais áreas como fornecimento de energia, transferência de tecnologia, pesquisa conjunta, participação em aquisições, formação e educação", declarou Sechin no início do evento.
Anteriormente, o analista financeiro russo Mikhail Kogan disse que o dólar aparece cada vez menos nas transações comerciais entre os países: muitos preferem realizar intercâmbios em suas próprias moedas. Antes, a moeda norte-americana não tinha praticamente nenhum rival, mas a situação está mudando.