Em reunião em São Paulo nesta segunda-feira (29), o ex-governador do estado paulista, Geraldo Alckmin, ouviu um apelo de dirigentes de centrais sindicais para que aceite ser vice na chapa com o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para as eleições do ano que vem, de acordo com o jornal O Globo.
Na reunião, estavam presentes os comandos da Força Sindical, UGT, Nova Central e CTB. Durante o encontro, o ex-governador disse ter se preparado novamente para concorrer ao governo do estado, mas afirmou que "surgiu a hipótese federal". Essa hipótese exigirá trabalho, mas, segundo o ex-governador, "caminha".
"Preparei-me novamente para ser governador do estado. Surgiu a hipótese federal. Os desafios são grandes. Essa hipótese caminha e eu considero essa reunião com as quatro principais centrais histórica", afirmou Alckmin citado pela mídia.
"Dentro da situação atual, seria muito importante que ele aceitasse [ser vice de Lula]. Nós daremos todo o apoio", afirmou Miguel Torres, presidente da Força Nacional.
Segundo a mídia, o que chamou a atenção dos presentes foi o fato de o tucano ter tratado em sua fala do contexto internacional e dos caminhos para o Brasil sair da crise, enquanto as questões estaduais ficaram de lado.
"A grande motivação para fazer a reunião com o Alckmin é o fato de nós, centrais sindicais, estarmos juntos em uma frente para derrotar esse modelo de governo [Bolsonaro], que tem representado muito claramente a ruptura democrática [...]", disse José Reginaldo Inácio, presidente da Nova Central que não participou da reunião, mas enviou representantes.
Alckmin era filiado ao PSDB, mas está de saída e ainda não comentou sobre partidos em que pode entrar, entretanto, segundo a mídia, estão em seu horizonte o PSB, PSD e União Brasil.
A informação de que Alckmin pode mesmo ser o vice de Lula vem sendo ventilada nas últimas semanas, com o ex-presidente tecendo elogios ao ex-governador em entrevistas à imprensa.