Israel compartilhou com os EUA e vários aliados de Washington na Europa inteligência sobre o Irã já tomar passos técnicos para enriquecer urânio para 90%, níveis apenas úteis para a produção de armas nucleares, de acordo com o portal Axios.
Israel emitiu o aviso em meio ao recomeço nesta segunda-feira (29) das negociações para regressar ao Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), ou acordo nuclear de 2015, que restringe o programa nuclear do Irã. O Irã já está enriquecendo o urânio em 60%, muito acima dos níveis permitidos no acordo, indica o relatório citado na segunda-feira (29).
Se forem confirmadas, as informações forneceriam mais alegados detalhes que confirmam um discurso de segunda-feira (29) de Benny Gantz, ministro da Defesa de Israel, que disse que Israel já compartilhou com seus aliados inteligência apontando a continuação do Irã da tentativa de obter uma arma nuclear, em violação do JCPOA.
O Axios escreve que "fontes de inteligência dos EUA e Israel" estimam que o Irã poderá obter uma arma nuclear em um espaço de um a dois anos.
A mídia também citou uma conversa com um "alto funcionário" da administração de Joe Biden, presidente dos EUA, que se recusou a falar sobre questões de inteligência, mas disse que "não é segredo que a decisão da antiga administração [de Donald Trump, em 2018] de abandonar o acordo nuclear de 2015 levou à aceleração dramática e sem precedentes do programa nuclear do Irã", e que os EUA estavam focados em diplomacia com o país persa, mas "preparado para perseguir outras opções se a diplomacia falhar".