Cinco democratas, incluindo o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, e o senador Bernie Sanders, um independente, juntaram-se aos republicanos na votação contra o avanço do projeto de lei de gastos com defesa.
Eram necessários 60 votos para fazer a legislação avançar. O pleito no Senado terminou nesta segunda-feira (29) com 45 votos a favor e 51 contra, relatou a Bloomberg.
A Lei de Autorização de Defesa Nacional é uma parte fundamental na política externa dos EUA, pois além de determinar o gasto com armamentos e soldados, ela também lida com ameaças geopolíticas.
A legislação deste ano autoriza cerca de US$ 770 bilhões (pouco mais de R$ 4,3 trilhões) em gastos do Pentágono.
O líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, ao se posicionar contra o avanço do projeto de lei, destacou que é preciso dar aos senadores mais tempo para tentar incluir mais emendas no texto.
McConnell havia dito anteriormente no plenário do Senado que seus pares deveriam debater sobre as atividades militares da Rússia perto da fronteira com a Ucrânia, assim como considerar medidas contra o gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2) da Rússia.
Senado dos EUA. Foto de arquivo
© AP Photo / Chairman of the Joint Chiefs
De acordo com a mídia dos EUA, o presidente Joe Biden está pedindo aos democratas para que rejeitem novas sanções no orçamento de defesa que visam o Nord Stream 2, a fim de evitar o isolamento da Alemanha.
Na última semana, altos funcionários do governo norte-americano, incluindo o secretário de Estado Antony Blinken e o conselheiro sênior para segurança energética global, Amos Hochstein, entraram em contato com os legisladores, instando-os a remover as sanções.
Apesar de a administração Biden considerar as sanções contra o Nord Stream 2 contraproducentes para restaurar as relações dos EUA com a Alemanha, na última segunda-feira (22), Antony Blinken anunciou que os Estados Unidos impuseram novas sanções contra dois navios e uma empresa ligada à Rússia, a Transadria Ltd., por participação do projeto.