A administração de Joe Biden, presidente dos EUA, decidiu excluir a extinta guerrilha colombiana FARC de sua lista negra de organizações terroristas, informou Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano.
"O Departamento de Estado revoga as designações das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) como Organização Terrorista Estrangeira (FTO [na sigla em inglês]), de acordo com a Lei de Imigração e Nacionalidade (INA [na sigla em inglês]), e como Terrorista Global Especialmente Designado (SDGT [na sigla em inglês]), em conformidade com a Ordem Executiva (E.O. [na sigla em inglês]) 13224 emendada", comunicou na terça-feira (30) Blinken.
O secretário de Estado dos EUA acrescentou que os grupos FARC-EP e a Segunda Marquetalia passam a ser considerados organizações terroristas.
"Também emendamos as designações de SDGT relativamente aos respetivos líderes dessas organizações Luciano Marin Arango, Hernan Dario Velasquez Saldarriaga, Henry Castellanos Garzon, Nestor Gregorio Vera Fernandez, Miguel Santanilla Botache e Euclides Espana Caicedo, de acordo com a E.O. 13224", detalhou.
O alto responsável da Casa Branca notou que as FARC foram formalmente dissolvidas em 2016 após o Acordo de Paz desse ano com o governo colombiano, mas que isso "não muda a postura acerca de quaisquer acusações ou potenciais acusações nos Estados Unidos contra antigos líderes das FARC, incluindo por narcotráfico".
"A designação das FARC-EP e da Segunda Marquetalia é direcionada contra aqueles que recusaram a desmobilização e os que estão engajados em atividade terrorista", disse Antony Blinken.
As FARC foram fundadas em 1964, sendo responsáveis por execuções sumárias e raptos de milhares de pessoas, incluindo norte-americanos, ao longo de várias décadas.