"É um reconhecimento de que na implementação do acordo, por meio da Política de Paz com Legalidade, aquele antigo grupo terrorista se dissolveu, desarmou e não tem mais condições de cometer atos terroristas", disse o assessor presidencial para a Paz, Emilio Archila, em vídeo transmitido por seu escritório.
Archila explicou que a decisão dos Estados Unidos "não tem efeito sobre as condições individuais das investigações que estão sendo realizadas neste país" sobre os ex-comandantes das extintas FARC, nem sobre nenhum dos procedimentos que estão sendo feitos na Colômbia por parte da Jurisdição Especial para a Paz (JEP) ou de jurisdição ordinária.
Anteriormente, em nota, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, relatou a decisão do governo Joe Biden em relação às antigas FARC, com a revogação de seu status de organização terrorista internacional.
No entanto, indicou também que incluiu na lista de organizações terroristas as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército Popular (FARC-EP) e a Segunda Marquetalia, assim como seus dirigentes, considerados como dissidentes das FARC.
A esse respeito, Archila destacou que "a Segunda Marquetalia foi responsável por algumas das mortes de ex-combatentes" e que é por isso que o governo colombiano concorda com a decisão dos Estados Unidos de incluí-la na lista de terroristas internacionais.
Por fim, considerou que a decisão do governo Joe Biden "facilita ainda mais o apoio" que o Executivo colombiano recebe de seu par estadunidense "em todas as frentes de implementação da paz e que agora também será possível no que diz respeito ao processo de reintegração".