"As Forças Armadas da Ucrânia estão reforçando seu contingente militar, concentrando equipamentos pesados e pessoal. De acordo com alguns dados, o contingente militar ucraniano na zona de conflito já atinge 125 mil homens e, para quem não saiba, isso equivale a metade dos efetivos das Forças Armadas ucranianas", afirmou.
Moscou está preocupada por Kiev na prática recusar uma regularização pacífica em Donbass.
"A política do regime de Kiev de desfazer o processo de Minsk e de recusar na prática alcançar uma solução pacífica para o conflito em Donbass suscita séria preocupação", afirmou Maria Zakharova.
De acordo com a representante do MRE russo, o projeto de lei, apresentado no parlamento pelo presidente ucraniano Vladimir Zelensky, que permite a entrada de unidades estrangeiras na Ucrânia para exercícios conjuntos em 2022, contradiz diretamente os acordos de Minsk.
Desde abril de 2014, a Ucrânia realiza uma operação militar contra as milícias em Donbass, após a proclamação da República Popular de Donetsk (RPD) e da República Popular de Lugansk (RPL), em resposta à violenta mudança de governo ocorrida em fevereiro daquele ano em Kiev.
Os Acordos de Minsk entre vários países lançaram as bases para uma solução política do conflito, mas até agora não resultaram na cessação da violência. O Quarteto da Normandia e o Grupo de Contato Trilateral (TCG, na sigla em inglês) são as principais plataformas internacionais de consulta que buscam resolver o conflito entre o governo ucraniano e as milícias.