De acordo com o órgão, um navio petroleiro grego foi o responsável pelo derramamento da substância no mar. A PF concluiu sua investigação com base em indícios, escreve o portal G1.
A empresa grega, cujo nome não foi revelado, terá seus proprietários, o comandante da embarcação e o chefe de máquinas indiciados pela prática dos crimes de poluição, descumprimento de obrigação ambiental e dano às unidades de conservação.
A PF apurou que apenas os custos arcados pelo poder público para a limpeza de praias e oceano foram estimados em mais de R$ 188 milhões. O valor total do dano ambiental ainda está sendo apurado pela perícia da PF, que deverá entregar o laudo às autoridades responsáveis.
Com a conclusão das investigações, o inquérito foi encaminhado para o Ministério Público Federal para análise e adoção das medidas cabíveis.
As manchas de óleo no nordeste
As primeiras aparições aconteceram no dia 30 de agosto de 2019 em praias da Paraíba. Na primeira semana de setembro, outros cinco estados do nordeste - Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Ceará e Pernambuco - já registravam casos no seu litoral.
Com o tempo, as manchas atingiram mais de mil localidades nos nove estados do nordeste, chegando ao Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Em algumas regiões, além da atuação das autoridades públicas na limpeza, vários trabalhadores locais fizeram o recolhimento do óleo das praias, já que dependiam do local como ponto turístico para sobrevivência.
Animais, como peixes e tartarugas, também chegaram a ser encontrados nas areias da praia encobertos pelas manchas escuras de óleo.