Os EUA têm de deixar o Oriente Médio, afirmou na quinta-feira (2) Esmail Waani, líder da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês).
Qaani, brigadeiro-general do IRGC, disse que os EUA devem estar preparados para uma humilhação maior que a do Afeganistão, instando Washington a remover todas as tropas da região.
O oficial iraniano declarou que o Irã está mais forte do que nos anos anteriores, quando os EUA impuseram sanções a Teerã, e que o país tem progredido na área do hardware militar e outros desenvolvimentos técnicos. Segundo ele, os EUA sabem que "se fizerem o mínimo passo contra o Irã, seus dentes serão esmagados na sua boca".
Apesar da saída do poder do ex-presidente norte-americano Donald Trump (2017-2021), que abandonou o acordo nuclear, ou Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) de 2015, que incluía os EUA, o Irã e alguns outros países, as relações entre Washington e Teerã não têm melhorado. O país norte-americano reimpôs sanções e se engajou em outras ações hostis desde 2018, como o assassinato do general Qassem Soleimani em 3 de janeiro de 2020, ou tensões militares no golfo Pérsico.
A administração de Joe Biden, por sua vez, impôs e retirou algumas sanções ao Irã desde janeiro de 2021, enquanto as negociações bilaterais para o regresso ao acordo nuclear seguem sem um fim previsto em Viena, Áustria.