Panorama internacional

'Não nos dão grande causa para optimismo', dizem EUA sobre 'ações recentes do Irã'

O secretário de Estado norte-americano criticou as ações do Irã, declarando que a Rússia "compartilha nossa perspectiva básica" sobre o assunto, e que os EUA esperarão para ver o que acontece nos próximos dias.
Sputnik
As últimas ações e declarações do Irã não enchem Washington de confiança para as negociações nucleares em Viena, Áustria, afirmou na quinta-feira (2) Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA.

"Como você [repórter] sabe, nossa equipe dirigida por Rob Malley [enviado especial] em Viena agora mesmo, penso que em um futuro muito próximo, em mais ou menos um dia, estará em posição de julgar se o Irã realmente quer se engajar de boa-fé", segundo o alto responsável da administração do presidente Joe Biden, que falou em uma coletiva de imprensa da Organização para Cooperação e Segurança na Europa (OSCE, na sigla em inglês) em Estocolmo, Suécia.

"Tenho que dizer que as ações recentes e a retórica do Irã não nos dão grande causa para optimismo", acrescentou.
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Blinken também disse que a Rússia compartilha a visão dos EUA sobre o Irã.

"Tenho de dizer, tive uma boa conversa também com o ministro das Relações Exteriores [Sergei] Lavrov sobre isto. Penso que a Rússia compartilha nossa perspectiva básica sobre isto, e veremos o que acontece nos próximos dias", apontou o secretário de Estado.

Donald Trump, ex-presidente norte-americano (2017-2021) retirou os EUA do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), ou acordo nuclear iraniano, e reimpôs sanções a Teerã. Desde que ele deixou o cargo, e Joe Biden entrou no seu lugar, as relações iraniano-americanas não têm melhorado, com mais sanções impostas do que retiradas ao país persa, apesar do reinício das negociações nucleares em Viena, Áustria.
Washington acredita que o Irã segue aumentando seu arsenal nuclear, enquanto Teerã defende que voltará ao cumprimento pleno do JCPOA quando as sanções reimpostas desde 2018 devido à saída unilateral dos EUA forem retiradas.
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