O texto, enviado pelo governo federal, sustenta que a mídia tradicional no Brasil é responsável por grande parte da desinformação que circula no país, e ressalta que o combate ao problema não pode acabar em censura, uma bandeira também levantada pelo ex-presidente Donald Trump.
A carta de Bolsonaro também pede liberdade de expressão na Internet para vozes de diferentes ideologias. Segundo ele, os conservadores e governistas têm sido perseguidos e censurados pelas redes sociais e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro fazem protesto em defesa do governo e contra o STF e o Congresso na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.. Foto de arquivo
© Folhapress / Pedro Ladeira
De acordo com a Folha de São Paulo, integrantes do governo Biden consideraram as promessas do governo brasileiro inusitadas para a cúpula, que tem como um dos objetivos a proteção de jornalistas profissionais.
O presidente dos EUA anunciará como um de seus compromissos durante o evento o "incentivo à imprensa livre e independente".
A versão final do texto ficou a cargo ao Palácio do Planalto. O Brasil quer usar sua participação para "reafirmar o comprometimento com a democracia, a luta contra corrupção e os direitos humanos", temas do evento.
Bolsonaro quer deixar claro que o país defende a democracia, desde que respeitada a soberania dos países. Sua participação e de outros líderes se resumirá a um vídeo de três minutos e a uma discussão, na qual a presença do brasileiro não está confirmada.
A 'Cúpula pela Democracia'
Além do discurso, cada país enviará ao evento uma lista de compromissos voluntários. A expectativa é a de que haja uma nova reunião no fim do ano que vem, para acompanhar o andamento das metas.
A ideia é que os países façam um monitoramento conjunto dos avanços uns dos outros, sem que esteja claro quais seriam as punições em caso de retrocessos.