"Não é fácil imitar como as aves voam e pousam", afirmou William Roderick, um dos autores da pesquisa, adicionando que "depois de milhões de anos de evolução" as aves fazem com que levantar voo ou pousar sobre um galho "pareça tão fácil", apesar de "toda a complexidade e variabilidade dos galhos das árvores que são encontrados em uma floresta".
Após um estudo, os engenheiros desenvolveram estes robôs com patas inspiradas nos pássaros, projeto que utilizou o sistema agarrador aéreo estereotipado inspirado na natureza (SNAG, na sigla em inglês).
Para desenvolver o dispositivo, os engenheiros reuniram informações a partir de uma das menores espécies de papagaios, em que utilizaram câmeras de alta velocidade para observar como pousavam sobre poleiros de diferentes tamanhos e materiais, como madeira, espuma, papel abrasivo ou teflon.
Além disso, estes poleiros estavam equipados com sensores, cuja função era detectar a força empregada para pousar, descansar e decolar.
Assim como os papagaios, o equipamento pousa sempre da mesma maneira, embora suas patas sejam baseadas nas de um falcão-peregrino devido ao tamanho do drone.
No lugar dos ossos, ele apresenta uma estrutura em 3D, enquanto que os motores e fios substituem os músculos e tendões.
Cada uma das patas do robô conta com um motor que permite se mover para frente e para trás, e com outro encarregado de manejar as garras, ação que dura 20 milissegundos.
Ao posar em uma superfície, um acelerômetro na pata direita indica ao robô que ele pousou, ativando um algoritmo de equilíbrio que permite se inclinar para frente para evitar que caia.
Os engenheiros também testaram a capacidade do dispositivo para agarrar diferentes objetos, como pacotes de feijão ou bolas de tênis, e comprovaram que pode pousar sobre galhos reais em florestas.
"Se pudermos ter um robô que atua como um pássaro, isso poderia desbloquear formas completamente novas de estudar o meio ambiente", concluiu Roderick.