Os resultados demonstraram que, sob a superfície do satélite da Terra existe uma espessa camada de paleoregolito.
De acordo com pesquisadores, a antiga camada deste material, coberta por fluxos periódicos de lava e agora enterrada sob a superfície lunar, poderia lançar nova luz sobre o passado remoto da Lua.
"Usando um processamento cuidadoso de dados, encontramos novas evidências interessantes de que esta camada enterrada, chamada paleoregolito, pode ser muito mais espessa do que se pensava anteriormente", disse Tieyuan Zhu professor assistente de geofísica da Universidade da Pensilvânia, EUA.
"Estas camadas permaneceram intatas desde a sua formação e podem ser registos importantes para determinar o impacto dos primeiros asteroides e a história vulcânica da Lua", acrescentou o especialista.
Os cientistas identificaram uma camada grossa de paleoregolito cuja espessura varia entre cinco e nove metros, localizada entre duas camadas de rochas vulcânicas que, segundo apontam estimações, têm respetivamente 2,3 e 3,6 bilhões de anos.
Os achados sugerem que o paleoregolito se formou muito mais rápido do que se pensava anteriormente – cerca de dois metros de espessura por bilhão de anos.
Ao longo da sua história, a Lua passou por períodos de atividade vulcânica, depositando rocha e lava na superfície. Com o tempo, a rocha se transforma em poeira e solo, o chamado regolito.
Os impactos de asteroides e intemperismo espacial fazem com que este material seja enterrado por fluxos de lava posteriores, escreve portal Phys.org.
Os resultados podem indicar maior atividade meteórica no Sistema Solar bilhões de anos atrás, aponta a equipe de cientistas em estudo publicado na revista Geophysical Research Letters.