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Em apenas 1 ano, PF passou por 8 exonerações de delegados; setor vê ações como 'perda de autonomia'

Segundo diretor da Associação Nacional de Delegados da PF, casos de remoção de delegados durante governo Bolsonaro é "preocupante". Nesta semana, delegada envolvida no caso do blogueiro bolsonarista Allan Santos foi a terceira a ser demitida.
Sputnik
Somente neste ano, a Polícia Federal passou por oito exonerações, uma média de uma por mês desde que o atual diretor-geral, Paulo Maiurino, assumiu o cargo, segundo o jornal O Globo.
A última ocorreu nesta semana, quando a corporação decidiu exonerar a delegada Dominique de Castro Oliveira, que atuava junto à Interpol. Ela foi a responsável pela ordem de prisão no exterior do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos no dia 1º, conforme noticiado.
Oliveira é a terceira pessoa que perde o cargo após atuar no processo de extradição do blogueiro.
Segundo Edvandir de Paiva, diretor da Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal (ADPF), os episódios de remoção de delegados da PF têm se repetido de forma "preocupante", e o mesmo defende aprovação de leis que protejam "a autonima da Polícia Federal".
"Esses fatos estão ficando mais recorrentes e incomodam demais. Os delegados estão extremamente indignados e insatisfeitos com toda essa situação. A única solução para resolver isso é a aprovação de leis que protejam a autonomia da PF", afirmou Paiva citado pela mídia.
Após reclamar nos dois primeiros anos de governo de não conseguir influir nas nomeações de cargos de direção na Polícia Federal, o presidente, Jair Bolsonaro, tem conseguido consolidar trocas em postos-chave, de acordo com o jornal. Em alguns casos, as mudanças têm como alvo delegados cuja conduta profissional desagradou ao governo.
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Em outubro, o então superintendente da PF no Distrito Federal, Hugo Correia, também foi exonerado do cargo, causando surpresa, já que havia sido nomeado somente cinco meses antes. A superintendência de Correia conduzia o inquérito envolvendo Renan Bolsonaro, filho do presidente.
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