As fontes anônimas teriam dito ao jornal que o presidente russo não decidiu se o alegado plano deve ser implementado.
As avaliações de inteligência ocidentais citadas por Bild afirmam que uma ofensiva pode começar em janeiro ou fevereiro de 2022, caso OTAN e Kiev não respondam às demandas do Kremlin. Entre as supostas exigências estão a cessação do avanço da Aliança Atlântica para leste e a redistribuição de tropas, bem como a proibição da admissão da Ucrânia na OTAN.
Alegado plano de três fases
Tabloide alemão cita várias fontes anônimas da OTAN, que sugerem que o suposto plano de invasão inclui três etapas:
Durante a primeira fase, as forças de Moscou implantadas na Crimeia supostamente deveriam atacar o sul da Ucrânia com tropas enviadas pelo mar perto da cidade portuária ucraniana de Odessa e forças especiais aerotransportadas tomando a cidade de Kherson.
O objetivo destes ataques seria, alegadamente, cortar o abastecimento da Ucrânia por via marítima. Ao avançarem mais ao longo do rio Dniepre, as forças russas supostamente cortarão às forças ucranianas no leste o acesso a suprimentos vindos do oeste através de tomada de pontes.
A segunda fase alegadamente dependerá da reação da comunidade internacional e do sucesso da primeira, sugere tabloide.
"Se a Rússia avançar, as sanções serão aplicadas de qualquer maneira. Depois disso, não faz mais sentido parar no meio do caminho", disse uma das fontes.
A terceira e última fase começaria com o cerco de Kiev, que seria realizado por forças vindas do território de Belarus, afirma tabloide. No entanto, uma das fontes observou que, em certas circunstâncias, a tomada da capital pode ser realizada no início da campanha.
O tabloide alemão segue a narrativa de The Washington Post, que nesta sexta-feira (3) informou, citando fontes e um documento da inteligência dos EUA, que Rússia estaria planejando uma "ofensiva multifrontal" contra a Ucrânia no início de 2022, que incluiria cerca de 175.000 soldados.
"Os planos envolvem extensa movimentação de 100 grupos tácticos no nível de batalhão com uma estimativa de 175.000 militares, junto com blindados, artilharia e equipamentos", disse fonte.
Operação dos EUA para agravar a situação
EUA estão conduzindo uma "operação especial para agravar a situação" em torno da Ucrânia imputando a responsabilidade à Rússia", disse Maria Zakharova, representante oficial da chancelaria russa, comentando as recentes notícias divulgadas pela mídia americana sobre uma suposta invasão russa da Ucrânia.
"Forças Armadas russas em território russo é um direito legítimo de um Estado soberano. Com base nas ações da OTAN na região, a imprensa dos EUA deve se preocupar com as ações agressivas dos EUA, e não da Rússia”, disse Zakharova ao jornal Kommersant.
Segundo o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov, Moscou movimenta tropas dentro do seu território como acha necessário, e isso não é uma ameaça para ninguém e também não deve ser motivo de alarme para ninguém.