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Governo envia Força Nacional a terra indígena no MT contra garimpo ilegal

O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou nesta segunda-feira (6) o envio da Força Nacional para os territórios indígenas de Sararé, no Mato Grosso, e Serrinha, no Rio Grande do Sul.
Sputnik
A crise envolvendo o garimpo ilegal e os indígenas e suas reservas ganhou um novo capítulo nesta segunda-feira (6).
O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o envio da Força Nacional às terras indígenas Sararé, no Mato Grosso, e Serrinha, no Rio Grande do Sul. Ambas sofrem com o aumento da atividade garimpeira e com os conflitos com os índios que ocupam as regiões.
Em Sararé, segundo a revista Veja, a Força Nacional vai atuar junto às "atividades e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio" da região.
Garimpagem ilegal na região da Tribo Indígena Sararé, no Mato Grosso.. Foto de arquivo
A liberação foi publicada no Diário Oficial da União e já está em vigor. O prazo para que os agentes permaneçam no local é até 26 de abril de 2022.
Segundo a portaria, a Força Nacional dará apoio à Funai (Fundação Nacional do Índio), que já atua na região tentando pacificar os conflitos. O Ministério da Justiça e Segurança Pública prometeu garantir o apoio logístico e a infraestrutura necessária.
Vale lembrar que, em maio do ano passado, a Polícia Federal realizou a primeira fase de uma operação em Sararé com o objetivo de desocupar o garimpo ilegal de ouro que fica na região. Após a retirada das forças policiais, os garimpeiros invadiram novamente a área.
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Já no Rio Grande do Sul, o Ministério da Justiça também prorrogou o emprego da Força Nacional na terra indígena Serrinha, em apoio aos agentes da Polícia Federal que já estão no local.
O período foi estendido em 30 dias e a medida tem como objetivo combater a violência causada por disputas em torno da terra na região.
A crise na região é grave. O Ministério Público sustenta que os indígenas da etnia Kaingang, que moram na região, não conseguem utilizar suas terras para plantio.
Há arrendamento irregular para o plantio de soja dentro das terras. O povo, de aproximadamente 650 pessoas, vem sofrendo ameaças e todo tipo de violência da agricultura ilegal no local.
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