Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso afirmou nesta terça-feira (7) que regulamentar as redes sociais é "imperativo".
Segundo ele, contudo, é necessário "acertar a dose" para não cercear a liberdade. Barroso disse que, inicialmente, pensou-se que as mídias digitais tinham de ser livres.
"Mas surgiram problemas de abuso de poder econômico, invasão de privacidade, disseminação de ódio e comportamentos inautênticos", completou.
"Essa regulação se tornou imperativa, porém é preciso acertar a intensidade da dose para não matarmos o paciente, que é a democracia", disse o ministro, em discurso após receber o Prêmio Transparência e Fiscalização Pública, na Câmara dos Deputados.
Para o presidente do TSE, não se trata de censura do Estado, mas de um enfrentamento contra o que chamou de "desinformação e discurso de ódio".
"Todos estão tentando equacionar esse problema: como combater o mal sem criar um mal maior, que é o cerceamento da liberdade de expressão", observou, ao ressaltar a importância do TSE sob seu comando.