Propagação e combate à COVID-19

Cientistas americanos encontram substância contra coronavírus em algas para sushi

Biólogos americanos esperam que sua descoberta ajude na criação de tratamentos antivírus com base em plantas.
Sputnik
Os cientistas determinaram que o sulfato de rhamnan – polissacarídeo componente das algas verdes Monostroma nitidum, utilizadas para embrulhar o sushi, pode neutralizar eficazmente o coronavírus, conforme o estudo publicado na revista Marine Drugs.
O SARS-CoV-2 invade as células devido à interação entre o domínio RBD da proteína spike e o receptor ACE2 da célula-hóspede. Além do receptor ACE2, o domínio RBD é capaz de se ligar a outros polissacarídeos na superfície da célula.
Os pesquisadores do Instituto Politécnico Rensselaer decidiram verificar se outros polissacarídeos também podem bloquear o coronavírus, por exemplo, o sulfato de rhamnan, nas algas Monostroma. Essas algas são plantadas no Leste da Ásia e na América do Sul para "embalar" o sushi durante sua preparação. Anteriormente foi determinado que os polissacarídeos das Monostroma nitidum podem ser um tratamento eficaz contra infecção do vírus da encefalite japonesa.
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Eles avaliaram a ligação da substância com o RBD do coronavírus tanto de sua variante original de Wuhan, como da cepa Delta.
Os resultados mostraram que o sulfato de rhamnan liga eficazmente a proteína spike do SARS-CoV-2, suprimindo a capacidade do coronavírus de penetrar nas células e inibindo os processos de transcrição e transmissão.
Durante os experimentos em culturas de células, ele neutralizou com sucesso um vírus de laboratório, inclusive a variante com mutações características da cepa Delta.
Os autores acreditam que o sulfato de rhamnan, junto com heparina e possivelmente com outros polissacarídeos, pode se tornar um remédio forte contra a COVID-19.
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