Os investigados são servidores do Instituto Nacional de Estudos Educacionais (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC) e responsável pelo exame.
A PF cumpriu 41 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Foi determinado pela Justiça Federal o sequestro de R$ 130 milhões das empresas e pessoas físicas envolvidas.
Segundo a investigação, entre 2010 e 2018, o Inep contratou para a realização do Enem, sem observar as normas de inexigibilidade de licitação, a multinacional R.R Donnelley.
A empresa recebeu R$ 728.645.383,37 dos cofres públicos no período, escreve o G1. Outro contrato suspeito foi firmado, entre janeiro e fevereiro de 2019, para beneficiar outra empresa, a Valid S.A.
Os contratos sob investigação totalizaram pagamento às empresas de R$ 880 milhões, desde 2010. Desse montante, estima-se que cerca de R$ 130 milhões foram superfaturados para fins de comissionamento da organização criminosa.
As apurações apontam para enriquecimento ilícito de R$ 5 milhões dos servidores do Inep suspeitos de participação no esquema criminoso.