Nesta quarta-feira (8), as tropas dos dois países fizeram disparos com munição real de artilharia e usaram helicópteros, lança foguetes, blindados e metralhadoras pesadas ao longo dos treinamentos.
Segundo publicação do jornal O Estado de São Paulo, o general Tomás Paiva, comandante do Comando Militar do Sudeste, disse que o Exército brasileiro está pronto para ser uma tropa expedicionária e atuar "dentro e fora do Brasil".
Segundo o general, o treinamento conjunto permite avaliar o preparo das tropas brasileiras, tanto em armamento como em estratégias de combate.
Já o tenente-coronel Michael Harrison, comandante da 101ª Brigada Aerotransportada dos EUA, comentou que "essa é uma ótima oportunidade de nós aprendermos como o Brasil pensa, como planeja e como luta".
Durante 35 minutos de treinamento, as tropas do Exército brasileiro sustentaram os ataques do inimigo para defender uma posição estratégica conhecida como "cabeça de ponte", nas colinas da zona rural de Resende.
O avanço da tropa "oponente" começou a ser barrado pelos disparos de metralhadora calibre .50 que guarneciam quatro helicópteros Esquilo já no primeiro minuto de guerra.
Seis blindados Guarani e Cascavel dispararam seus canhões sobre as posições inimigas, enquanto a linha de defesa com soldados camuflados em "tocas" trocaram tiros de fuzil e metralhadora.
O veículo blindado de transporte de pessoal Guarani, em 24 de novembro de 2014. Foto de arquivo
Durante o exercício de tiro defensivo, foram usadas munições reais. Foram disparados 30 mil tiros de fuzil IA2 556, 12 mil tiros de metralhadora MAG 762, 4,5 mil de metralhadora .50, 12 granadas de morteiro 60 mm, 24 granadas de morteiro 81 mm, 32 granadas de canhão 84 mm, 10 granadas de canhão 90 mm, além de 45 granadas de mão e 34 de obuseiro 105 mm.
Os Exercícios de Rotação e Operações Combinadas (CORE, na sigla em inglês), também chamado de CORE 21, é uma parceria entre o Brasil e os Estados Unidos iniciada no início deste ano.
"Você interage e verifica o que eles estão fazendo de diferente e o que nós estamos fazendo de diferente", afirmou o general brasileiro Tomás Ribeiro Paiva, comandante militar do Sudeste.
Segundo ele, foi realizada a simulação de uma manobra defensiva. Nela, tropas brasileiras e dos EUA são mobilizadas rapidamente para defender uma região desprotegida contra um exército inimigo.
Adestramento conjunto de salto livre operacional (SLOP) entre as Forças Singulares: Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira. Foto de arquivo
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