O protótipo é uma espécie de pistola que utiliza o princípio do canhão eletromagnético, um tipo de acelerador de projéteis que usa uma sequência de bobinas acopladas ao cano da arma. Com o campo eletromagnético criado desta maneira, a bala não chega a encostar no cano de disparo e consegue atingir velocidades maiores do que a de uma arma convencional.
A ideia em si não é nova, estudos relacionados ao canhão eletromagnético vêm sendo feitos desde o início do século XX e eles já são usados como armas de combate, mas com dimensões maiores, semelhantes a um lança-mísseis.
O que torna a inteligência artificial crucial ao projeto é a capacidade de desenvolver todas as peças do armamento a partir de um projeto inicial feito por humanos. Segundo os pesquisadores, os softwares usados para produção e desenvolvimento de armas convencionais não conseguem trabalhar com esse tipo de tecnologia e fazer ajustes delicados em pequenos componentes.
Um dos diferenciais desse modelo é o tamanho, com um cano de 12 centímetros esta é a menor arma deste tipo já desenvolvida.
"A inteligência artificial deu aos designers humanos um enorme conjunto de dados já otimizados, que quase dobraram a eficiência da arma em comparação com o rifle americano", explicou a professora e líder do projeto, Zhang Xiao, em entrevista à SCMP.
O comparativo feito pela pesquisadora é com o fuzil GR-1 Anvil, arma produzida nos Estados Unidos utilizando a mesma base teórica. O GR-1 é bem maior que a pistola desenvolvida pela Universidade de Wuhan e atualmente está em pré-venda por 3.375 dólares, cerca de 15 mil reais.
Na prática, uma das vantagens desse tipo de tecnologia, quando aplicada em armamentos, é o controle sobre a intensidade dos disparos. Segundo os cientistas, a arma poderia ser ajustada para produzir tiros não letais.