O levantamento, realizado com adultos no Reino Unido e publicado na revista médica Thorax, mostrou que as chances de quem tem essas condições alérgicas se infectar com o SARS-CoV-2 seria até 38% menor.
Segundo os cientistas, uma explicação para o resultado seria a menor quantidade no organismo dessas pessoas da proteína ECA2 (enzima conversora de angiotensina tipo 2), utilizado pelo vírus como porta de entrada na invasão das células humanas.
Outros fatores aventados são a alta ingestão de frutas, a realização de exercícios físicos e o maior nível educacional.
Os especialistas explicaram que o estudo foi ajustado para eliminar fatores que comprometeriam os resultados, tais como a profissão e a quantidade de pessoas com que os participantes moravam.
Em contraste com estudos que investigam condições de risco para adquirir a forma grave da doença, o levantamento apontou que fatores como idade, sexo e comorbidades não aumentam a probabilidade de desenvolver COVID-19.
O estudo se baseou em respostas de 15.227 pessoas a questionários mensais elaborados pelo consórcio Covidence UK.
Do total de participantes, 446 (quase 3% da amostra) tiveram pelo menos um episódio de infecção por COVID-19 confirmada, conforme teste RT-PCR durante o período do estudo.