"Há instituições de Estado que foram aparelhadas como de governo, que é errado e ruim para a democracia", disse o ministro em evento promovido pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), conforme noticiado pelo Estadão.
Sem citar o presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem já travou embates públicos, Barroso disse que o Brasil, assim como outros países, viveu uma onda populista, com "sustos" à democracia.
"Vivemos alguns momentos de preocupação ao longo dos dois anos, com ataque às instituições, que reagiram, mas não acho que tenham escapado sem escoriações", declarou o ministro.
Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), voltou a criticar a discussão em torno do voto impresso. Segundo ele, agora o debate está "sepultado" e, com as urnas eletrônicas, o Brasil terá eleições "lisas, limpas e seguras".
"Voto no papel sempre propiciou ambiente de fraude e usurpação. Passamos o ano de 2021 inteiro defendendo o sistema que funciona para impedir que fosse alterado para o sistema da fraude", disse o ministro.