Nesta sexta-feira (10), o ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, afirmou que "o Irã está aumentando suas forças no oeste do país" e que Israel estava se preparando "para qualquer tentativa" de ataque, segundo o The Times of Israel.
"Irã está aumentando suas forças no oeste do país para atacar países no Oriente Médio em geral e Israel em particular. Estamos nos preparando para qualquer tentativa desse tipo e faremos todo o necessário para proteger nossos cidadãos e nossos bens", disse Gantz citado pela mídia.
Na quinta-feira (9), o ministro se encontrou com seu homólogo norte-americano, Lloyd Austin, e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
Em um comunicado, o gabinete do ministro israelense disse que o mesmo detalhou às autoridades estadunidenses o uso de drones de ataque pelo Irã para investir contra inimigos por meio de seus representantes, bem como em território iraniano.
Cookies com as bandeiras de Israel e EUA servidos durante reunião evidenciam o caminhar conjunto entre as duas nações Pentágono, em Arlington, Virgínia, EUA, 9 de dezembro de 2021
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"Em suas aspirações de se tornar hegemônico, o Irã busca destruir todos os vestígios de liberdade, dignidade humana e paz no Oriente Médio e além. O programa nuclear é um meio para atingir seus objetivos hegemônicos", declarou.
Na interpretação do ministro, o país persa "não é apenas uma ameaça à nossa segurança física, mas também uma ameaça concreta ao nosso modo de vida e aos nossos valores comuns".
Em relação a questões diplomáticas, foi discutido o desenvolvimento de laços adicionais entre Israel e os outros signatários dos Acordos de Abraão assinados no ano passado, e a possibilidade de normalizar as relações com novos parceiros regionais, segundo a mídia.
Um porta-voz dos EUA disse que Gantz e Blinken também conversaram sobre o Irã, e que o secretário norte-americano "reiterou a crença do governo de que israelenses e palestinos merecem viver com segurança e desfrutar de medidas iguais de liberdade, prosperidade e democracia".
Gantz voou para Washington na quarta-feira (8) para reuniões com os principais líderes militares dos EUA, enquanto as conturbadas negociações nucleares são retomadas em Viena.