Segundo reportagem exclusiva da Reuters, o evento contou com a presença de "jogadores" especializados que tiveram que lidar com diferentes situações focadas em gerar o caos no setor financeiro mundial. A simulação foi organizada durante o último ano e teve a duração de 10 dias.
O intuito da iniciativa era alertar autoridades e a preparação para cenários de ataques virtuais, minimizando o impacto sobre bancos, instituições financeiras e todo o mercado financeiro internacional. Autoridades financeiras israelenses deram como exemplo violações de menor porte que aconteceram no passado, que aplicadas em grande escala só conseguiriam ser superadas com uma cooperação global.
"Os agressores estão dez passos à frente das vítimas", disse o gerente financeiro do setor digital do Ministério das Finanças israelense, Micha Weis.
A iniciativa, chamada de Collective Strenght (Força Coletiva, em português), contou com a participação de líderes da economia de Israel, Estados Unidos, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos, Áustria, Suíça, Alemanha, Itália, Holanda e Tailândia. Representantes do Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial e do Banco de Pagamentos Internacionais também estiveram presentes.
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2 de setembro 2021, 18:32
Os participantes discutiram políticas multilaterais para responder à crise simulada, incluindo um feriado bancário coordenado, períodos de carência no pagamento de dívidas e acordos de permuta internacional.
A simulação estava programada para acontecer na Expo 2020 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, mas teve que ser cancelada em razão do avanço da variante Ômicron da COVID-19 e, portanto, acabou sendo realizada por videoconferência em Israel.