Por sua vez, Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores russo, disse que exercícios conjuntos de EUA e Israel que visam treinar a destruição simulada da infraestrutura nuclear iraniana ameaçam desestabilizar o Oriente Médio e não devem ocorrer.
"Qualquer atividade de treinamento em uma região tão explosiva como esta acarreta o risco de se transformar em complicações adicionais. Isso não é necessário. Neste momento é importante mostrar contenção e concentrar-se na facilitação do processo de negociações, que, após uma longa pausa foram retomadas em Viena", disse diplomata russo em declarações a jornalistas.
Vice-ministro disse que não achou surpreendente a notícia sobre possíveis exercícios divulgada pela agência Reuters.
"Nós, é claro, partimos do pressuposto que os EUA e Israel, sendo aliados extremamente próximos e, em grande medida, compartilhando avaliações sobre a política iraniana e o papel do Irã na região, possam realizar tais eventos", disse ele.
Os comentários de Ryabkov surgiram após informações publicadas pela Reuters citando altos funcionários dos EUA, que indicaram que Tel Aviv e Washington discutiriam a condução de exercícios conjuntos simulando um ataque à infraestrutura nuclear do Irã se as negociações de Viena falharem.
Por sua vez, recentemente, altos funcionários de Israel afirmaram que os EUA e o Irã podem estar elaborando um acordo nuclear que levaria ao cancelamento parcial das sanções americanas contra Teerã em troca da reversão ou congelamento das atividades nucleares iranianas, conforme o WSJ.
Em maio de 2018, o então presidente Donald Trump retirou os EUA do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês).