Segundo o presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, junto ao ex-juiz Sergio Moro, articularam juntos em um "jogo de poder" contra a sua gestão.
Em vídeo publicado hoje (12) em seu Twitter, o presidente pede aos apoiadores que assistam ao documentário divulgado pelo jornalista Kim Paim, no qual seria provada a articulação contra seu governo.
As insinuações do presidente ocorrem dois dias depois de Dallagnol se filiar ao Podemos, partido de Sergio Moro, um dos principais adversários do presidente na disputa do Palácio do Planalto no ano que vem.
O mandatário disse que rejeitou uma audiência com o ex-procurador em 2019, que supostamente tentou uma aproximação para sondar as possíveis indicações ao cargo de procurador-geral da República, por receio de "sair uma história pronta" do encontro.
"Se eu tivesse audiência com ele, com toda certeza não ia indicar à Procuradoria-Geral da República [PGR]. Mas sairia uma história pronta. Como faziam por ocasião de alguns depoimentos por ocasião da Lava Jato."
O presidente complementa o discurso no vídeo dizendo que "escrevia o depoimento, chamava o cara para assinar. E ia falar o quê? Que eu teria feito proposta indecorosa para ele. Salvar um amigo ou um parente".
Na última pesquisa eleitoral realizada no dia 8 de dezembro, o ex-presidente Lula aparece com larga vantagem tanto no primeiro quanto no segundo turno. Bolsonaro perde em qualquer cenário de segundo turno e Moro se firmou como terceira via, conforme noticiado.