Panorama internacional

Austrália, Japão e EUA construirão rede de 5G no Pacífico para enfrentar China, sugere mídia

Os três países vão construir a rede no Pacífico Sul, depois que em junho foi cancelado um projeto de cabos submarinos nos mesmos países do qual participava a Huawei.
Sputnik
Os EUA, Japão e Austrália financiarão conjuntamente a criação de uma rede 5G no Pacífico Sul para contrariar a crescente influência da China na região e prevenir a monopolização da infraestrutura crítica por Pequim, relatou na segunda-feira (13) a agência japonesa Kyodo.
"Historicamente, temos uma relação profunda com as nações insulares do Pacífico, com as quais partilhamos os valores da democracia. Precisamos de evitar uma situação em que a democracia é ameaçada pelo controle de nossas redes de telecomunicação pela China", comentou uma fonte citada pela Kyodo.
O projeto tem o objetivo de aumentar o acesso à Internet na Micronésia, Nauru e Kiribati.
O Grupo Digicel, uma operadora de comunicações internacional sediada na Jamaica, será responsável pela implementação do projeto, segundo a Kyodo. Em outubro foi noticiado que a Telstra, empresa de telecomunicações australiana, esperava adquirir as operações do Digicel no Pacífico, após relatos de que uma companhia chinesa o planejava fazer.
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A agência japonesa escreve que o governo da Austrália financiará a maior parte da aquisição, de US$ 1,6 bilhão (R$ 9,05 bilhões), enquanto o Japão e os EUA contribuirão para as operações comerciais através de parcerias público-privadas. Ao mesmo tempo, o Japão também fornecerá equipamento avançado para 5G como parte do acordo.
Em junho, a agência britânica Reuters informou que um concurso para a construção de cabos submarinos, da qual participava a empresa de telecomunicações chinesa Huawei, foi cancelado por não haver "uma maneira exequível de remover a Huawei como um dos licitadores", com os EUA pressionando a Micronésia, que tem um acordo militar com o país norte-americano, contra a atribuição do contrato a empresas chinesas. Os outros dois países envolvidos eram também Nauru e Kiribati.
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