Ciência e sociedade

Natureza do misterioso objeto que sobreviveu ao encontro com buraco negro é revelada

Astrônomos revelaram a natureza do misterioso objeto que sobreviveu a um encontro próximo com o gigantesco buraco negro existente no centro de nossa galáxia.
Sputnik
O que se acreditava ser uma nuvem de gás e poeira no centro da Via Láctea, que misteriosamente sobreviveu ao encontro próximo com um buraco negro supermassivo é, na realidade, um conjunto de três estrelas muito jovens, segundo novo estudo publicado na The Astrophysical Journal.
A nova pesquisa concluiu que o objeto, chamado G2, é composto por três estrelas "bebês" envoltas na espessa nuvem de gás e poeira em que nasceram.
Esta interpretação oferece uma solução plausível às perguntas que ficaram sem respostas depois que, em 2014, o G2 roçou o Sgr A*, o buraco negro supermassivo existente no coração da Via Láctea.
Em 2011, com a ajuda dos dados infravermelhos medidos pelo Very Large Telescope (VLT), foi descoberto um objeto que prometia desvendar um dos processos mais extraordinários no centro da galáxia.
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Mediante diversas análises, os pesquisadores estabeleceram que se tratava de uma nuvem de gás e poeira, que foi denominada G2.
Esperava-se que seu posterior encontro próximo fizesse com que o G2 fosse absorvido pelo buraco negro. No entanto, o objeto foi se esticando e alargando à medida que se aproximava do buraco negro e logo voltou a adotar uma forma mais compacta, algo inesperado para os pesquisadores.
Além disso, houve outros aspectos que chamaram a atenção dos astrônomos. Os estudos revelaram que a temperatura do G2 é muito alta, mais do que uma nuvem de poeiradeveria ser.
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Apesar de ser possível que o Sgr A*, ou outras estrelas, tivessem aquecido o objeto, este se manteve à mesma temperatura independentemente de sua localização. Isso sugeriu que o que estava aquecendo o G2 provinha do interior da própria nuvem.
"Os novos resultados forneceram uma visão única do funcionamento dos buracos negros [...] Podemos utilizar o entorno do Sgr A* como modelo para aprender mais sobre a evolução e os processos de outras galáxias em locais completamente diferentes do nosso universo", afirmou Florian Peissker, da Universidade de Colônia, e líder do estudo.
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