Nesta terça-feira (14), o presidente, Jair Bolsonaro (PL), foi intimado pela Polícia Federal a depor no inquérito que investiga o vazamento de documentos sigilosos, segundo o G1.
No dia 4 de agosto, o presidente, junto ao deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), divulgou o conteúdo do inquérito da PF sobre um suposto ataque hacker aos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e assim, lançou dúvidas publicamanete sobre a segurança das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro.
Na época, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a abertura do inquérito para investigar o vazamento das informações, que são sigilosas. A decisão atendeu a um pedido feito pelo próprio TSE.
De acordo com a mídia, as informações da apuração foram distorcidas pelo mandatário e deputado, sendo tratadas como definitivas, mesmo sem a conclusão do inquérito pela polícia.
Em seguida, Bolsonaro publicou em rede social a íntegra do inquérito, que até então estava em sigilo.
Horas após a transmissão, o TSE divulgou resposta para esclarecer que o acesso indevido aos sistemas da Corte não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018.
Isso porque, explicou o tribunal, o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação e que nada de anormal ocorreu.
Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, durante coletiva e apresentação da nova urna eletrônica modelo (UE 2020) para as eleições 2022, Manaus, Amazonas, 13 de dezembro de 2021
© Folhapress / Edmar Barros
Sistema do Ministério da Saúde vai demorar a voltar ao normal
Nos últimos dias, várias entidades do país sofreram invasão de hackers. Ataques cibernéticos foram confirmados pela CGU, PRF, IFPR e pela Câmara Municipal do Rio, conforme noticiado.
O Ministério da Saúde também passou pela mesma situação duas vezes, a primeira na sexta-feira (10) e a segunda ontem (13).
Por conta do último ataque, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou nesta terça-feira (14) que a normalização do sistema do Ministério da Saúde, que estava prevista para hoje (14), deve ser adiada, segundo O Dia.
No último ataque ocorrido ontem (13)., funcionários da pasta ficaram sem acesso ao e-mail corporativo, à rede de telefonia e à Intranet.
"Nós estamos trabalhando fortemente para reestabelecer todas as funcionalidades do ConecteSUS para que os brasileiros possam acessar livremente todas as informações", acrescentou.
Entretanto, Queiroga reforçou que a invasão não foi bem-sucedida e que apenas tumultuou e atrapalhou o reestabelecimento das informações.