Ele lembrou que, em 2002, os EUA "retiraram-se unilateralmente" do Tratado ABM (Tratado sobre Mísseis Antibalísticos) de 1972, que restringia o uso dos equipamentos, e que a Rússia fez todo o possível para preservar o documento e que agora tenta reativar uma cooperação.
"A Rússia propõe aos Estados Unidos um esforço conjunto para o reforço da estabilidade estratégica, baseado no princípio da indivisibilidade e inter-relação das armas estratégicas ofensivas e defensivas, previsto no Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas [START III], estendido no ano passado por cinco anos", disse Medvedev.
Segundo o vice-presidente do Conselho de Segurança, é importante que Washington também se comprometa com o acordo e "não tente, imprudentemente, rumar para o leste com a OTAN ou posicionar armas de ataque perto das fronteiras com a Rússia".
Medvedev afirma que a saída dos EUA do tratado, há duas décadas, foi um estímulo para a Rússia aprimorar as atividades do complexo industrial de Defesa e criar novos modelos de armas.
Além disso, Medvedev destacou que até hoje os norte-americanos não possuem um escudo confiável contra possíveis ataques nucleares de outras potências, "inclusive aquelas que os EUA tentaram isolar através da imposição de sanções".
Para o vice-presidente do Conselho de Segurança, "esta posição prova que os EUA priorizam seus próprios interesses políticos internos, em detrimento do trabalho coerente destinado a preservar a estabilidade estratégica global".