Citando diplomatas e altos funcionários sob anonimato, o artigo diz que Berlim, Paris, Roma e Madri insistem que, antes de estabelecer "medidas econômicas dolorosas" contra Moscou, o bloco deve priorizar o uso dos instrumentos diplomáticos.
Mesmo assim, essa posição não é compartilhada por outros membros da União Europeia, que acham que a ameaça de novas sanções "pode conter melhor" a Rússia. A agência nota que tal divisão de opiniões em Bruxelas representa um perigo para a oposição dos EUA e seus aliados a Moscou. Alguns membros da UE não compartilham a crença de Washington de que as autoridades russas planejam uma escalada e consideram que o aumento das tropas pode ser utilizado como "tática de pressão".
Ultimamente o Ocidente tem falado com mais frequência sobre os planos da Rússia de "invadir" a Ucrânia, acusando o país de concentrar tropas na fronteira com a nação vizinha. Em resposta, o Kremlin ressalta que Moscou não ameaça ninguém e não planeja atacar qualquer Estado, enquanto pode deslocar suas Forças Armadas dentro de seu território como quiser.
A União Europeia ameaçou endurecer as sanções contra a Rússia em caso da invasão, mas até agora não tomou nenhumas medidas restritivas.
Em 7 de dezembro, os presidentes russo e americano, Vladimir Putin e Joe Biden, tiveram uma chamada por videoconferência. O líder americano expressou sua preocupação pela situação em torno da Ucrânia e exortou a uma regulação diplomática, avisando sobre uma resposta coletiva do Ocidente em caso de escalada.
Por sua vez, Putin chamou a atenção do colega americano para o fato de Kiev não cumprir os acordos de Minsk, sabotando-os. Além disso, o presidente russo marcou as chamadas "linhas vermelhas" – a continuação do avanço da OTAN para leste e a instalação de armamento ofensivo no território ucraniano e nos países vizinhos da Rússia.